Desconfio de
todo ato. O mínimo é o máximo. Nada fazer exige coragem.
Deram-me um
número: trinta e três. Não, não era o pneumotórax. Sem acreditar (como alguém
que contempla a arquitetura contraditória que os homens erguem em monumento à
ineficácia da duração – tudo perece, penso), aguardo.
Disseram:
trinta e três. Por alguns segundos titubeei. Por gentileza, não por acreditar
(como alguém que ensaia um gesto estúpido e previsível para ser espontâneo – o
que o torna mais estúpido ainda), prossigo.
Não, trinta
e três não é trezentos e trinta. Zero faz toda diferença. É isto.
Dei a volta
ao círculo. No meio do caminho, quase encontrei: Leisa. Parei por alguns
segundos. Não, havia um zero, um redondo G antes de Leisa. Sim, quase, sempre.
Tarde
cheguei a casa, cansado de nada acontecer.
Um comentário:
estranhos momentos/ movimentos e desatinos...
estranhamento de si e do mundo...
o cinza dos prédios, o perto do asfalto... sinto falta de céu azul e rosas vermelhas! vem comigo?
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