29/06/2007

Desfazer-se das incontáveis contingências da continuidade desnecessárias à despercebida respiração periférica até que se esqueça o traço incerto do sofrimento até que se saiba a incompreensível diferença entre a intransponível solidão e o intransigente acaso do indefinível rumor-rumo-ruína

21/06/2007

tudo engana a falta de sentido dos espaços vazios: solidão
os navios em linha espalhados pelo sol brotam núvens que afundam azul: quase-sei a indizível palavra
reinventar o impossível, outro nome para nada: desconhecimento

14/06/2007

Sangra o sol depois da noite
irrealizada

morre o próprio nome
no limiar da
esperança envelhecida

repete repete
repete o mar

menos o sol
(silêncio inquieto)

Tentei a letra de uma música. Depois, nem arrisquei ar entre os dentes, mudei de coragem. Sempre perco núvem como perco rumo.

03/06/2007

sobre tudo à frente sempre pedra ontem
ausências inquietas

sentido disso?
que sentido?

veja
(o homem é um

vazio
afastado)