28/05/2007



cedo demais, o amor – sede de mar –, amarra a vida em vento

07/05/2007

perco o ar a meio caminho do pulmão
perco o chão a meio passo
perco a razão à mínima vontade

perco no ar a respiração
perco o passo a meio chão
perco a vontade e a verdade
a meio caminho do não.

02/05/2007

parto reverso
de um verso
parido

caminho
(quase mudo rumo)
que já não
se refaz

distante
vai deixando de
existir feito
esquecimento

de natureza estranha
as pedras no lugar
das mesmas

verdades que nascem
póstumas