21/03/2010

as nuvens nos meus olhos vagos
o silêncio da espera abandonada:
o tempo se devora.

a chuva sobre a pálpebra confusa
o choro represado da angústia:
o tempo se demora.

as nuvens nos meus olhos fechados
no parapeito da memória:
o tempo se desdobra.

teu corpo nublado
interroga minha mão:
o tempo se devora.

no meu corpo redescoberto
um sol possível
de ser pensado.

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