Sua crise de
identidade, sintoma de uma adolescência tardia, é fruto do autodesprezo – uma
virtude que se aprende em casa, pois autodomínio se descobre sozinho e se
esquece.
Sua
sexualidade desinibida paga o preço de não saber a quem se expor, pelo medo de
ser pego no primeiro ato de contradição.
Sua
nostalgia sem inocência, cega e destrutiva, fuga obstinada, demonstra uma
necessária incoerência entre os modos de sentir e de pensar: pois lugar algum é
como o lar que um dia se perdeu e que nunca houve.
Aliás,
sentimento é uma palavra indemonstrável, que se guarda em papéis na gaveta.
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