Na praça do obelisco, os acontecimentos mais corriqueiros – pombos disputam migalhas e voam alvoroçados quando um menino de braços abertos corre em sua direção – soam como notas de um arranjo orquestrado – pessoas passeiam, outras param por um instante dispostas ao redor do monumento – como um centro gravitacional em torno do qual circulam fragmentos que logo voltam a se dispersar – sem notar no que estava ali inscrito talvez eterna ou momentaneamente – como um instantâneo fixado na retina quando acaba a bateria da câmera fotográfica.
(Buenos Aires, 26.10.10)
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