quando o estranho não tem origem?
Como conciliar o desejo de permanência e a necessidade de fuga,
quando se foge de tudo, de si mesmo e da pergunta?
Como inventar um caminho sem chão, ou seguir sem rumo,
quando a coragem, na verdade, é vertigem?
...
saber-se só
na impossibilidade de repetir
o parto e a partida;
esquecer-se ao
abandonar o porto náufrago
e o conforto da despedida;
seguir sozinho
quando a vida não passa
de um trabalho constante:
de um trabalho constante:
desmontar roda-gigante.
3 comentários:
muito bom, meu caro Chicote das minas não tão distantes.
é interessante essa vida-pensamento na corda-bamba e seus malabarismos.
Desmontar roda-gigante.
um grande abraço apertado nesse interlocutor tão fluxo, abeirado.
um amigo já me disse que rodar na roda gigante é só um jeito antigo de tocar o céu... Talvez, precisássemos de mais rodas gigantes por aí, não?
um cheiro!
Meu caro.... meu nome é comum como minha alma.
coragem que é vertigem! é....
isso.
As vezes não sei se minha vertigem é coragem ou deserto.
Na dúvida, a deixo desmontar as rodas-gigantes...
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