12/10/2008

Não ouço mais aquela voz imaterial, não penso mais naquele sujeito sem carne e osso, desalmado, em sua existência improvável sentado numa cadeira abstrata fumando um cigarro imaginário com gestos lógicos e um olhar metódico que sempre pergunta a coisa certa a coisa mesma e a coisidade da coisa em questão, cada todo classificado em categorias antidogmáticas, comprovando o inverso do conceito, a dúvida que leva inevitavelmente a lugar nenhum, onde talvez algum filósofo tenha chegado e inventado uma palavra enciclopédica apodídica propedêutica metafísica psicológica a priori ética moral aristotélica incompreensível, que me faz repetir ruminar e reconhecer a ignorância primordial e o rumor do pensamento incompleto

2 comentários:

Paula Zilá disse...

Saudade desse Chico das terras de Joana, que vagueia quase absorto por entre distintas paisagens.
Saudade desse Chico que ri, que bebe, que chora, que grita e clama por nada além.
Saudade desse Chico que anda, que dorme, que peida, que escorre feito água.
Saudade desse Chico que corre, que voa, que trota, que morre.

Vivo, estou viva, tb.

Essa semana, se por aí estiver, verei Chicos e Joanas e toda sorte de bichos selvagens.

inté!

Anônimo disse...

filosófico,
comprometido? talvez com a prosa.
abraço fraterno