05/04/2008

depois do silêncio do papel
a palavra

depois do papel da palavra
o silêncio

da palavra silêncio no papel
o depois

a não ser
nada

7 comentários:

Paula Zilá disse...

ÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊ!
JÁ GANHOU, JÁ GANHOU!

MUITO MANOEL, BEM MANOEL.
GOSTEI DEMAIS!
ONTEM FOI ESPETACULARMENTE MARAVILHOSO.
DÁ PRA ENTENDER, NÉ?

BEIJÃO NOCÊS. DEVO DINHEIRO A JOANA. MAIS UMA DESCULPA PRA REVER-NOS. INTÉ MAIS VER, INTÉ MAIS CERVEJA. NO SEU CASO, VINHO. TEM UMA GARRAFA SEMI-CHEIA AQUI EM CASA. E O SEU PÃO. HAHAHAHAHAHAHAHA

Paula Zilá disse...

ô, meu amigo! Adorei seu comentário., Acalentou minha alma!
Muito obrigada! Fiquei emocionada. De verdade.
Um beijo enorme e cheio de terna gratidão.

Paula Zilá disse...

Veja isto:
" Em um de seus livros, Morelli fala do napolitano que passou anos sentado à porta de sua casa, olhando um parafuso no chão. De noite, pegava-o e o guardava debaixo do colchão. O parafuso foi primeiro uma simples piada, uma gozação, uma irritação comunal, reunião de vizinhos, sinal de violação dos direitos cívicos e, ninguém podia passar pela rua sem olhar de soslaio para o parafuso e sentir que ele era a paz. O cara morreu de uma síncope e o parafuso desapareceu assim que os vizinhos chegaram. Um deles o guardou, talvez o olhe em segredo e o estude por todos os lados, voltando a guardá-lo e indo para a fábrica, sentindo algo que não compreende, uma obscura reprovação. Só se acalma quando tira o parafuso de seu esconderijo e o olha, fica olhando até ouvir passos e ser obrigado a escondê-lo rapidamente. Morelli pensava que o parafuso devia ser outra coisa, um deus ou algo assim. Solução demasiadamente fácil. Talvez o erro tenha sido aceitar que esse objeto fosse um parafuso, tão-somente por ter a forma de um parafuso. Picasso pega um automóvel de brinquedo e o converte no queixo de um cinocéfalo. É bem possível que o napolitano fosse um idiota, mas também pode ter sido o inventor de um mundo. Do parafuso a um olho, de um olho a uma estrela... Por que entregar-se ao Grande Costume?..." (Jogo da Amarelinha, cap. 73; Cortázar).
Lembrei de vc no ato.
O que isso te lembra?

terrapo disse...

Obrigado Francisco, o ser e o nada tem sido presságio nos Pré-Socráticos.

Um abraço grande e saudoso,
Eduardo

ps: quando vem me visitar?

Priscila Milanez disse...

Atualiza, meu bem!

Anônimo disse...

nossos atos sempre em branco

Isaac Frederico disse...

como vai meu caro, entrei no eu blog através de link pelo blog da priscila.
dei logo de cara com esta bela reflexão, um poema preciso e sutil.
virei visitar mais vezes, já mal-acostumado pela minha estréia aqui.
abraços